OEA se manifesta sobre as eleições na Venezuela

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O departamento de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) se manifestou por nota oficial nesta terça-feira (30) que não pode reconhecer os resultados do conselho eleitoral nacional da Venezuela, que declarou o presidente Nicolás Maduro o vencedor da disputada votação de domingo último (28).

O órgão regional de 35 membros, que se reunirá nesta semana para analisar detalhadamente as eleições naquele país disse que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela se mostrou tendencioso em relação ao governo.

O Conselho Nacionnal Eleitoral da Venezuela disse que Maduro venceu com 51% dos votos, mas a oposição contesta e assegura que os 73% dos votos aos quais tem acesso mostram que o seu candidato Edmundo González teve mais do que o dobro de votos que Maduro.

Os protestos eclodiram na Venezuela, enquanto os Estados Unidos e vários líderes latino-americanos rejeitaram os resultados ou disseram que é necessária maior transparência.

“Os acontecimentos da noite eleitoral confirmam uma estratégia coordenada, desenvolvida nos últimos meses, para minar a integridade do processo eleitoral”, afirma o relatório do órgão da OEA.

O documento contém relatos de ilegalidades e práticas ilícitas ocorridas nesta e nas eleições venezuelanas anteriores. “As evidências mostram um esforço do regime para ignorar a vontade da maioria expressa nas urnas por milhões de homens e mulheres venezuelanos”, afirma o relatório.

“O que aconteceu mostra, mais uma vez, que a CNE, as suas autoridades e o sistema eleitoral venezuelano estão ao serviço do poder executivo e não dos cidadãos”. Maduro diz que a Venezuela tem o melhor e mais transparente sistema eleitoral do mundo e acusa facções violentas de direita de tentarem derrubá-lo ilegalmente com apoio estrangeiro.
Ele recebeu apoio da China, da Rússia e de alguns países latino-americanos de tendência esquerdista. O relatório da OEA concluiu que, sem apoio documental público para os resultados eleitorais anunciados, eles não seriam confiáveis e não deveriam ser reconhecidos. (Com informações da CNN Brasil).

 

Em 30-07-24.

 

Foto: Bandeira da Organização dos Estados Americanos (OEA)Juan Manuel Herrera/OAS/OEA

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