Encontro da Cúpula do G20 no Brasil teve avanços em temas econômicos e climáticos

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A recente cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, trouxe à tona discussões de peso sobre questões globais, climáticas e sociais. A liderança brasileira foi destaque, com o País promovendo temas importantes à sua diplomacia, como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a tributação de grandes fortunas e o reforço do Acordo de Paris. A declaração final do evento mostrou avanços significativos em diversas frentes, apontando para um futuro de maior colaboração internacional.

O G20, composto de 19 países e duas organizações, a União Europeia e a União Africana, representa 85% da riqueza global e 90% da população mundial. Em sua presidência do grupo, o Brasil deixou sua marca ao trazer questões como a segurança alimentar e a governança global para o centro das discussões. A esse respeito, o professor Alberto do Amaral Júnior, especialista em Direito Internacional na USP, comenta que o evento reforçou o protagonismo do Brasil no cenário mundial.

“O Brasil acertou muito na condução do G20 e imprimiu os temas que são mais caros à diplomacia nacional. A declaração final do G20 acentua a importância de três grandes temas: o reforço ao Acordo de Paris, metas mais ambiciosas para o combate à mudança climática, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a reforma da governança global, principalmente do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, explica o professor. A proposta, agora, parte da agenda internacional, envolve governos, organizações internacionais e ONGs, com a possibilidade de financiamento por meio de tributação sobre os mais ricos.

Um dos pontos mais debatidos foi a taxação de grandes fortunas. Proposta pelo Brasil, a medida poderia arrecadar US$ 250 bilhões anuais, destinados ao combate à desigualdade e à transição energética. Apesar de resistências iniciais, principalmente da Argentina, a diplomacia brasileira conseguiu construir o consenso necessário para incluir o tema na declaração final.

Outro tema de grande relevância foi o combate às mudanças climáticas. O G20 reafirmou o compromisso com o Acordo de Paris, pedindo metas mais rigorosas diante do aumento inesperado da temperatura global. “Estamos 1,5°C acima do nível pré-industrial, algo que não era previsto para esta década. Isso exige medidas urgentes para evitar um cenário irreversível”, ressaltou o especialista.

O reforço do Acordo de Paris reflete uma preocupação crescente com os efeitos das mudanças climáticas, como eventos extremos e perdas econômicas, além de reforçar a necessidade de financiamento para tecnologias limpas em países em desenvolvimento.

Resultados positivos

A declaração final do G20 também abordou conflitos internacionais, como a guerra na Ucrânia e a crise em Gaza. O grupo enfatizou o respeito à Carta da ONU e defendeu soluções pacíficas. Segundo Amaral Júnior, “o documento equilibrou posições, condenando tanto o uso da força quanto violações de soberania”. O Brasil, fiel à sua tradição diplomática, buscou consenso entre as nações, evitando polarizações. A postura reforça a relevância da ONU como mediadora em tempos de crise.

Para o professor Amaral Júnior, os avanços obtidos na cúpula do G20 são notáveis. A liderança brasileira foi fundamental para garantir consenso em temas sensíveis, como tributação de fortunas e ações climáticas. O evento destacou o papel do Brasil como articulador global e apontou caminhos promissores para a cooperação internacional em tempos desafiadores (Com informações do jornal da USP e G1- RJ).

• Comunicação – Em 26-11-24
• Foto : Líderes mundiais discutiram ações comuns de interesse global. ( Divulgação).

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