Em um avanço considerado histórico nas relações econômicas internacionais, o Mercosul e a Associação Europeia de Livre-Comércio (EFTA) assinaram nesta semana um acordo de livre-comércio que cria uma das maiores zonas econômicas do planeta, abrangendo um PIB combinado de cerca de US$ 4,3 trilhões.
Ampliação de mercados e redução de tarifas
O tratado prevê a eliminação gradual de tarifas de importação e exportação, além de medidas para simplificar processos aduaneiros e ampliar o fluxo de investimentos entre os países. O objetivo é fortalecer a integração econômica entre a América do Sul e a Europa, promovendo maior competitividade e previsibilidade para empresas de ambos os blocos.
Entre os pontos centrais do acordo estão regras de origem claras, proteção à propriedade intelectual, facilitação de serviços e compromissos ambientais — itens que reforçam a busca por comércio sustentável e equilibrado.
Benefícios esperados
Com a entrada em vigor do tratado, exportadores do Mercosul — especialmente dos setores agroindustrial e de manufaturados — deverão ganhar acesso ampliado a mercados de alto poder aquisitivo, como Suíça e Noruega. Já os países da EFTA terão condições mais vantajosas para vender produtos farmacêuticos, maquinário e tecnologia aos parceiros sul-americanos.
Economistas avaliam que o acordo pode impulsionar o PIB e o comércio bilateral, mas alertam que alguns segmentos produtivos precisarão de períodos de adaptação para enfrentar a nova concorrência internacional.
Próximos passos
O texto agora segue para ratificação nos parlamentos nacionais dos países envolvidos. Após a aprovação, o cronograma de implementação prevê redução tarifária progressiva ao longo de até dez anos, variando conforme o setor.
O Mercosul é composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, enquanto a EFTA reúne Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. A assinatura simboliza um movimento de aproximação entre regiões que buscam diversificar parcerias comerciais em um cenário global marcado por tensões geopolíticas e reconfiguração de blocos econômicos.









