Uma comitiva da presidência da COP30 esteve em Florianópolis no final de setembro último para participar de uma ação que tem percorrido outras regiões do Estado catarinense. É a Conferência Regional sobre Mudanças Climáticas, promovida pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa (Alesc). A Conferência das Partes (COP) deste ano ocorre no Brasil, em Belém (Pará), durante o mês de novembro.
Na prática, as conferências regionais, que já foram realizadas nas principais cidades pólo de Santa Catarina, estão reunindo demandas e “bons exemplos” de combate e adaptação às mudanças do clima. Nos encontros, representantes de diferentes setores, desde universidades até empresários, trazem os principais problemas enfrentados devido aos eventos extremos e também quais soluções têm encontrado.
Em paralelo há também a Frente Parlamentar para o Fortalecimento da COP30, liderada pelo deputado Mauro de Nadal (MDB), que promove o debate sobre sustentabilidade ambiental e produção agropecuária e industrial.
Todas as demandas e contribuições das conferências e frente parlamentar serão transformadas em um único documento, que vai ser enviado à presidência da COP30. Antes disso, um simpósio marcado para o dia 20 de outubro tornará o texto público.
A mobilização da Alesc chamou a atenção da presidência da COP, que participou de cada conferência de forma remota. No mês de setembro, porém, a comitiva veio a Florianópolis. Entre os representantes estava Luciana Abade Silveira. Coordenadora de mobilização na presidência da COP30, ela elogiou as ações catarinenses e garantiu que o documento final será lido e levado em consideração na hora de elencar as demandas do Brasil no debate internacional.
Presidente da comissão responsável pelas conferências regionais em Santa Catarina, o deputado Marcos José de Abreu, o Marquito (Psol), que integra a diretoria da Unipa adiantou que as conversas têm gerado encaminhamentos “muito interessantes”. Tem mostrado que o povo catarinense tem vontade de fazer a transição ecológica. A Alesc está fazendo isso porque Santa Catarina é o Estado que mais acende esse alerta climático — defende Marquito.
Para além da COP, as demandas que estão surgindo devem ganhar encaminhamentos dentro da própria estrutura estadual, como pedidos de ampliação de unidades de conservação, mais espaço para educação ambiental nas unidades de ensino e maior cobertura de saneamento básico. “Existe o acordo global, mas para esse acordo se efetivar ele precisa ter o compromisso dos Estados — ressaltou o parlamentar.
Para Luciana, essa deve ser a “COP da implementação”. Afinal, os países já sabem o que precisa ser feito, mas é preciso que de fato o plano saia do papel. A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) criou a COP como um órgão responsável por tomar as decisões necessárias para implementar os compromissos assumidos pelos países no combate à mudança do clima. A COP é composta por todos os países que assinaram e ratificaram a convenção. Atualmente, 198 países participam da UNFCCC, o que faz dela um dos maiores órgãos multilaterais das Nações Unidas (ONU).
Comunicação – Em 07-1- 25 ( Com informações da Alesc e NSC Total)
Foto : Conferência ambiental em Florianópolis contou com a presença da Coordenadora de Mobilização da COP 30 , Luciana Abade Silveira . ( Divulgação – Vitor Zanelatto).








