Cúpula do Clima reúne chefes de Estado e antecede a COP30

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Cerca de 30 chefes de Estado e de governo responderam ao convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comparecer à capital paraense antes da conferência climática da ONU, que será realizada de 10 a 21 de novembro.

O encontro de dois dias começou pouco depois de a ONU informar que o ano de 2025 se posiciona como um dos mais quentes já registrados, coroando mais de uma década de temperaturas altas e inéditas.
O encontro pré-COP começou com a presença estimada de mais de 40 chefes de Estado e de governo e deve ocorrer até este final de semana.
O encontro marca a abertura política da Conferência do Clima da ONU e já anunciou antes mesmo das negociações climáticas formais a confirmação de novos países investidores no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta que prevê remunerar países que conservam suas florestas tropicais.
O maior aporte anunciado foi o da Noruega, que vai colocar cerca de US$ 3 bilhões. Ao todo, o fundo já tem a promessa de US$ 5,5 bilhões em investimentos.

“Falhamos” no objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 °C em relação à era pré-industrial, disse em Belém o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a solenidade da Pré-COP. Mas “nunca estivemos melhor equipados para reagir”, com instrumentos como as energias renováveis, acrescentou.

Lula chamou os líderes a agirem imediatamente para salvar o planeta. “A janela de oportunidade que temos para agir está se fechando rapidamente”, advertiu em seu discurso de abertura da cúpula.

O presidente também criticou as mentiras de “forças extremistas” que favorecem a “degradação ambiental”.

Seu colega colombiano, Gustavo Petro, foi mais explícito: o presidente “Donald Trump tem uma conduta pessoal de negação da ciência” e leva a humanidade “ao abismo”. Na mesma linha, o chefe de Estado chileno, Gabriel Boric, afirmou que o republicano sustenta que “a crise climática não existe e isso é mentira”.

Sem citar Trump, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu que se coloque “a ciência à frente da ideologia” na questão climática. Cento e setenta países participam na COP30, mas o governo dos Estados Unidos, país que é o segundo maior poluidor do mundo depois da China, não enviará uma delegação.

Trump ignorou a conferência. A segunda saída dos EUA do Acordo de Paris ocorreu em um cenário internacional tenso, de guerras comerciais e conflitos. A maioria dos líderes do G20, incluindo China e Índia, também não participam do evento.
• Em 07- 11 -25
• Foto : Divulgação0

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